quarta-feira, 13 de julho de 2011

Restart, Fresno e Cine: emos elegem os maiores roqueiros do Brasil

No Dia Mundial do Rock, representantes do emo revelam suas maiores influências nacionais

CULTURAMÚSICA - ANTONIO BRAGA. FOTOS: DIVULGAÇÃO - 13/07/2011

O rock brasileiro ganhou força em meados dos anos 80, mesma época em que na Inglaterra o cantor Bob Geldof arquitetava o Live Aid. O evento realizado simultaneamente nos Estados Unidos e no Reino Unido ocorreu no dia 13 de julho de 1985 e contou com artistas como U2, David Bowie e Phil Collins. O intuito era o de acabar com a fome na África. O Dia Mundial do Rock nasceu com o Live Aid, antes dos nossos roqueiros desta enquete nascerem. Representando a nova geração estão o baixista e vocalista Pe Lanza, doRestart, o vocalista Lucas Silveira, da Fresno, e o cantor do Cine, DH. Convidados por Época São Paulo, eles elegem os seus cinco maiores roqueiros brasileiros de todos os tempos.
Pe Lanza (Restart)
1 – Samuel Rosa (Skank): “Sempre gostei e admirei muito o trabalho do Skank. Desde a década de 90, eles usavam diferentes elementos que são atuais até hoje. São visionários, e o Samuel canta muito. Prefiro o Skank ao vivo, mas tsambém gosto dos discos.”
2 – Cazuza: “O poeta sempre vai continuar vivo e presente na vida de todos que gostam do rock brasileiro. Não era um exímio vocalista, mas a gente consegue sentir até hoje uma emoção única ao ouvir o Cazuza.”
3 – Herbert Vianna (Paralamas do Sucesso): “Acho que todas as bandas que surgiram depois dos anos 80 devem muito aos Paralamas. Aquele rock/ska fez a galera mudar muito a concepção que tinha sobre o rock. Misturar o estilo com outros tipos de levada? Ska? Reggae? É uma das minhas bandas prediletas, e eu ainda estava longe de nascer.”
4 – Chorão (Charlie Brown Jr.): “O grupo começou a fazer sucesso quando eu ainda era bem pequenininho. Mas, com certeza, se tem uma banda brasileira que resume a trilha sonora da minha vida é essa. O Chorão escreve muito bem e é um cara que impõe respeito quando está no palco. É emocionante ver como o cara tem o controle da situação. O show inteiro fica nas mãos dele. Ali, é ele e a galera.”
5 – Rogério Flausino (Jota Quest): “Gosto muito do Jota, e de todo o suingue que eles têm. O Rogério tem um jeito único de cantar, uma presença de palco diferente. É muito contagiante, um dos melhores shows que já assisti.”

Lucas Silveira (Fresno)
1 – Lulu Santos: “É o maior hitmaker do Brasil. Atravessa décadas oscilando em popularidade, mas jamais perdendo a veia pop e a técnica rara que fazem dele uma baita referência para qualquer compositor que se preze.”
2 – Rodrigo Amarante (ex-Los Hermanos): “Assim como o Marcelo Camelo, ficou maior que o Los Hermanos e despejou tudo o que sabe na genial banda Little Joy. Sou fã desde a época do colégio, e quero um dia dizer isso para ele.”
3 – Rodrigo (Dead Fish): “Para mim é a grande personalidade do hardcore brasileiro. As letras que ele escreveu mudaram completamente meu jeito de enxergar o país, e a banda me proporcionou momentos de êxtase e catarse que somente um show de hardcore pode provocar.”
4 – Diego Medina: “Teve vários projetos musicais. O mais famoso foi a banda Video Hits, que teve um hype no começo dos anos 2000. Tudo o que eu ouvi dele é muito diferente de qualquer coisa. Embalou muitas das minhas corridas de busão até a faculdade, entre 2001 e 2004.”
5 – Frank Jorge: “Ao lado de Marcelo Birck fez parte da Graforréia Xilarmônica, uma das bandas mais influentes e cults dos anos 90. Mas cult só de Santa Catarina pra cima, pois em Porto Alegre todo mundo sabe quem são e os shows são absurdamente frenéticos e lotados. Irreverência, técnica e gauchice aguda.”

DH (Cine)
1 – Samuel Rosa (Skank): “Desde pequeno, o Skank significou para mim um exemplo de que bons amigos fazem boas músicas. O Samuel sempre teve estilo próprio. Assim, construiu uma identidade nas melodias e nas letras, até então, nunca vista por aqui.”
2 – Cazuza: “As músicas e as letras desse cara ainda fazem muita gente pensar, mesmo passando anos e anos de sua morte. É um herói!”
3 – Rodolfo (ex-Raimundos): “Uma historia um tanto quanto maluca, dos Raimundos à igreja. Fico com o Rodolfo dos discos Lapadas do Povo e Lavô, tá Novo. Tinha 13 anos e vibrava com os palavrões das letras.”
4 – Chorão (Charlie Brown Jr.): “De Santos paro o mundo. É um grande hitmaker, levanta a galera como poucos conseguem. Tem um carisma monstro com seu público e anda muito de skate!”
5 – Japinha (CPM 22): “Batera do qual sou fã e tive o prazer de conhecer. É um cara humilde e compromissado com o trabalho. Em medos dos anos 2000, quebrou o padrão da indústria e se destacou bastante na banda como baterista.”

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